COMO QUEBRAR PARADIGMAS E CONSTRUIR PONTES E FORTALEZAS

Um critério inigualável foi o que o Comitê das Rotas de Integração da América do Sul, CRIAS, construiu nestes dezessete anos. Os Congressos que se realizam a cada dois anos congrega de uma forma única os setores governo, a iniciativa privada, a academia, as entidades de fomento, organismos oficiais e da sociedade, nacionais e internacionais, tendo um foco único : o de elaborar sugestões para a integração sustentável da América do Sul.

Estes Congressos traçam a política a ser seguida pelo CRIAS nos próximos dois anos. Eles têm produzido pontes reais e virtuais naqueles espaços vazios entre os doze países. Os Congressos estão substituindo barreiras e paliçadas por fortalezas.

O que faz com que organismos do setor privado com um trabalho totalmente voluntário com participantes do setor governo e dos demais segmentos mencionados reúnam-se por dois dias para analisar o tema da integração sul americana?

Responde-se com a maior convicção. É o objetivo. É a meta. É a paixão como visão de alcançar o desenvolvimento harmônico de uma sub região que ainda não encontrou o rumo da sustentabilidade e onde os primeiros colonizadores aportaram em períodos com mais de 500 anos.

Os trabalhos e palestras apresentados em todos os painéis e reunião dos modais são expressivos em qualidade e objetividade, a representatividade dos participantes é do nível que concede uma representatividade impar ao evento.

As conclusões do IX Congresso Internacional a serem encaminhadas aos organismos decisórios se caracterizam em essência por demonstrar como será importante para a América do Sul buscar integrar neste macro objetivo da integração as ações de governo e as iniciativas do setor privado.

A ferramenta mínima capaz de quebrar os paradigmas para construir as pontes que venham a unir a América do Sul terá uma tríade como fator primacial: 1 - derrubar as barreiras reais ou virtuais entre países aflorando os pontos em comum; 2 - os investimentos em infraestrutura física, energia, comunicações e saneamento tenham um fundo garantidor e 3 - que a gestão e governança sejam ações concretas e não figuras de retórica.

Este IX Congresso Internacional focado nos processos, critérios e fundamentos para produzir uma América do Sul integrada e sustentável alcançou seus objetivos. Depositamos a confiança como já dito no evento, que se esteja colocando os derradeiros componentes desta ponte que ligará as políticas públicas com as positivas ações do setor privado e da sociedade.

Esta é a visão do CRIAS no cenário descortinado neste Congresso.

Porto Alegre, outubro de 2013


Joal Teitelbaum
Presidente do CRIAS