Carlos Tarrasón, da Cluster Consulting, apresentou desde os conceitos de cluster até possíveis estratégias que empresas sul-americanas podem executar visando ao desenvolvimento econômico. “A integração dos países do Corredor Bioceânico não é só uma oportunidade, é uma necessidade. Ela gera maior conectividade, mais negócios, traz conhecimento e colabora para o desenvolvimento de suas economias”, avaliou Tarrasón. Para o painelista, os clusters, concentração de empresas que se comunicam por possuírem características semelhantes e coabitarem no mesmo local, são um caminho para a cooperação. Em um primeiro momento, as empresas promovem encontros, independente de quais países forem, são discutidas ideias de negócio e financiamento. “No Rio Grande do Sul, por exemplo, existem 28 clusters. Temos o exemplo da APL Metal Centro, em Santa Maria, constituído por pequenas e médias indústrias do setor metal mecânico que focaram em visitar e fazer negócios com clusters na Europa”, finalizou Tarrasón.
O engenheiro comercial da Corporación Regional de Desarrollo Productivo (CRDP) da Região de Coquimbo, Manuel Schneider, destacou o potencial econômico e por que a região é uma excelente parceira comercial. “O Chile é um grande exportador de alimentos, somos o primeiro país latino americano em competitividade econômica. A Região de Coquimbo tem o minério como seu motor na economia, mas Coquimbo também é sinônimo de qualidade de vida, geração de capital humano de trabalho, produtora de energia renovável e serviços tecnológicos especializados”, disse Schneider.
Coquimbo tem 99,4% da sua energia advinda de fontes renováveis não convencionais. Não à toa o Chile é o oitavo país mais atrativo do mundo para a geração de energia solar. “Temos um grande potencial a ser explorado, existem diversos programas visando ao desenvolvimento produtivo da região de Coquimbo. Este tipo de encontro é uma ótima oportunidade para mostrarmos o quanto podemos ser um grande parceiro comercial dos países vizinhos”, finalizou.
Maximiliano Mauvecin, Diretor Geral do Foro Empresarial da Região Central da Argentina, deu ênfase no aspecto institucional. “Vivemos uma crise pública e nas instituições privadas em todos países sul-americanos. Devemos caminhar juntos no desenvolvimento, não buscar apenas o crescimento individual, precisamos melhorar a imagem dos países envolvidos”, explicou. Mauvecin falou sobre ampliar a Competitividade Intersetorial por meio de rede entre empresas, políticas de internacionalização, obras de infraestrutura, marketing entre outras medidas. “A articulação não é uma opção, é uma necessidade para o desenvolvimento sustentável”, finalizou.
O presidente executivo do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Cláudio Gastal, abordou sobre medidas que o setor privado pode adotar para cooperar com o Estado. “O Brasil tem grandes gargalos em logística que acarretam no aumento dos custos dos produtos exportados. Para lidar com isso, o governo vem estudando investimentos em logística para diminuir estes prejuízos”, comentou Gastal. Segundo ele, a necessidade de investimento em transporte no Brasil está em 80 bilhões de reais ao ano, porém o país não conta com recursos para tal. “A economia do país está em crise, não se tem esse dinheiro, é preciso buscar recursos no setor privado, aprimorar marcos regulatórios e haver uma maior integração entre os agentes públicos”, finalizou.
ANEXOS DAS PALESTRAS
X CIRIAS – Apresentação Carlos Tarrason
X CIRIAS – Apresentação Manuel Schneider CRDP
X CIRIAS – Apresentação Maximiliano Mauvecin Foro Empresarial Centro
X CIRIAS – Apresentação Claudio Gastal MBC