Estão reproduzidas a seguir algumas das notícias veiculadas relacionadas com o VIII Congresso Internacional das Rotas de Integração da América do Sul e depoimentos de participantes.
Zero Hora - 04 de novembro de 2011 |
Jornal do Comércio - 04 de novembro de 2011 |
Correio do Povo - 06 de novembro de 2011 |
Caderno JC - Jornal do Comércio 10 de novembro de 2011 íntegra |
Caderno JC - Parte 1 |
Caderno JC - Parte 2 |
Caderno JC - Parte 3 |
Caderno JC - Parte 4 |
Caderno JC - Parte 5 |
Caderno JC - Parte 6 |
Site Felipe Vieira - 08 de novembro de 2011 |
Capa Jornal do Comércio - 10 de novembro de 2011 |
Jornal do Comércio - 10 de novembro de 2011 |
Zero Hora - 13 de novembro de 2011 |
Jornal do Comércio - 17 de novembro de 2011 |
Zero Hora - 17 de novembro de 2011 |
Jornal do Comércio - 18 de novembro de 2011 |
Correio do Povo - 19 de novembro de 2011 |
Jornal do Comércio - 21 de novembro de 2011 |
Zero Hora - 24 de novembro de 2011 |
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Depoimentos: |
Entrevista Ministro Paulo Renato Caminha de Castilhos França
- Na sua avaliação, a integração da América do Sul está avançando de forma satisfatória nos últimos anos?
Sim. Entretanto temos muitos desafios pela frente e o maior é o da integração física. Nos últimos 20 anos houve medidas fantásticas, tais como a criação do Mercosul, o tratado de Montevidéu, acordos com quase todos os países, mais recentemente a criação do IIRSA, da Unasul, do COSIPLAN...
- Quais processos poderão ser implementados para acelerar a integração física, econômica, social, ambiental, educacional e cultural da América do Sul?
Destaco o diálogo entre o setor público e o setor privado como fator primordial. Os governos são apenas indutores do processo. A integração se faz através da sociedade, da iniciativa privada e passa pelo comércio, pelo turismo, pela cultura, etc.
- A implantação do COSIPLAN, Conselho Sul Americano de Infraestrutura e Planejamento e incluído na UNASUL, será um fator alavancador do processo?
Com certeza, o COSIPLAN começa a atuar com uma bagagem muito boa da IIRSA e ele está visualizando também o componente de como financiar o processo. Isto aliado a um bom planejamento estratégico é um bom sinal de alavancagem dos projetos já elencados como fundamentais.
- O CRIAS desde sua constituição em 1996 propugnou pela relevância dos Ministérios das Relações Exteriores na condução da integração dos países da América do Sul. Qual o papel da diplomacia neste processo de integração? O que o Ministério de Relações Exteriores projeta para acelerar este processo de união sub regional?
A diplomacia é essencial como coordenadora do processo sem dúvida, pois temos uma visão sistêmica, contatos, mas para a efetivação da integração terá de haver o envolvimento de diversos ministérios, especialmente o dos Transportes, Fazenda e Planejamento, além de todos os outros players já mencionados como sociedade civil, setor privado, etc. |
Entrevista Irani Varella, Petrobras, Uruguai
- Na sua avaliação, a integração da América do Sul está avançando de forma satisfatória nos últimos 5 anos?
Estamos avançando fortemente nos últimos 5 anos. Entretanto precisamos ser mais fortes, mais robustos em relação à infraestrutura da região.
- Quais processos poderão ser implementados para acelerar a integração física, econômica, social, ambiental, educacional e cultural da América do Sul?
Nós precisamos de um planejamento estratégico e isto é fundamental. Também precisamos aproveitar a história já vivida do Mercosul, que já avançou bastante. Sugiro ainda que se incremente as relações entre Brasil e Uruguai, que tem uma história muito intensa, precisamos estreitar estes laços e depois levar a experiência para o Brasil inteiro.
- O atual modelo de gestão e de governança no processo de integração pode ser melhorado? Como?
Precisamos imprimir velocidade a este amadurecimento, sempre com foco na questão da gestão e da governança que é fundamental. Precisamos aprender também com os erros e acertos da integração européia.
- O senhor considera que o CRIAS consegue se posicionar e ter voz na defesa da causa da integração do continente?
Sim porque é um fórum de alto nível, tem conhecimento, tem conteúdo. Este processo todo pode dar um resultado muito grande. |
Entrevista Wagner Cardoso, CNI, Brasil
- Na sua avaliação, a integração da América do Sul está avançando de forma satisfatória nos últimos 5 anos?
No campo da integração - e o meu setor é especificamente transportes – a integração não tem avançado. Persistem uma série de obstáculos, principalmente nos setores marítimo e rodoviário
- Quais processos poderão ser implementados para acelerar a integração física, econômica, social, ambiental, educacional e cultural da América do Sul?
No transporte de carga existe uma reserva de mercado no transporte marítimo entre Brasil e Uruguai e entre Brasil e Argentina, que impede a competitividade na América do Sul. Os produtos só podem ser transportados pelos dois países, à exceção de trigo e ferro. No transporte rodoviário, o que sai do Brasil em direção á Argentina tem que voltar para o Brasil, mesmo que não tenha carga. Não pode, por exemplo, ir ao Chile. Isto tem que ser reformulado, tem que haver liberdade de mercado, só assim o preço do frete cairá e seremos mais competitivos.
- O modelo do CRIAS, uma iniciativa do setor privado mas que conta com a participação em seus eventos dos setores de governo, das entidades de fomento, de organizações como a CEPAL, Aladi, bancos de fomento e da academia se constituí em um processo de gestão que produz avanços significativos no macro objetivo da integração da América do Sul?
Sim, é importantíssimo que exista o CRIAS, um foro de discussão do setor privado. A falta de integração entre o setor público e o privado é um problema. É preciso ter um processo de discussão coordenada entre os dois setores.
- Na sua avaliação, a integração física e a integração das políticas públicas estão avançando de forma harmônica no continente sul-americano nos últimos anos?
Não sei. |
Entrevista Gordon Wilmsmeier - Representante da CEPAL, ONU
- Na sua avaliação, a integração da América do Sul está avançando de forma satisfatória nos últimos 5 anos?
Há avanços em infraestrurura, mas não são suficientes. Temos que avançar em relação a uma política integrada de transportes, analisar a simultaneidade de esforços entre os países conectados, implementar políticas complementares, etc.
- Quais processos poderão ser implementados para acelerar a integração física, econômica, social, ambiental, educacional e cultural da América do Sul?
É muito importante a colaboração entre o CRIAS, a ALADI, a UNASUL, etc. para não duplicar esforços. Neste processo é preciso ter foco. Trabalhar o entendimento entre as nações, propiciar intercâmbios culturais e profissionais, principalmente entre os jovens que são a próxima geração. Alguns jovens europeus já estão pensando sem fronteiras, pensam a Europa como um todo e não cada país sozinho. Isto é um modelo. A crise européia é de 2 ou 3 países, mas o continente está unido para ajudar porque eles tem já um pensamento em uníssono.
- Na sua avaliação, a integração física e a integração das políticas públicas estão avançando de forma harmônica no continente sul-americano nos últimos anos?
A integração física avançou, mas não o suficiente para a demanda. Nas políticas públicas, porém, não houve avanço. É preciso atentar para o fluxo de informações, telecomunicações, trabalho entre fronteiras.
- A senhor enxerga o Brasil como um líder nesse processo de integração? Quais as perspectivas da CEPAL para os próximos anos no que se refere a integração?
Dar incentivos ao processo de integração, dar mais perspectivas, idéias e mostrar caminhos potenciais. A CEPAL deve ajudar os países a analisar o que falta, por onde se pode ir, quais os desafios e que soluções buscar. O organismo deve ser também um mediador entre países. |
Entrevista Juan José Mazzeo, Uruguai. Vice - presidente do Timor Leste
- Na sua avaliação, a integração da América do Sul está avançando de forma satisfatória nos últimos 5 anos?
Em aspectos políticos sim, mas em aspectos institucionais (órgãos de integração como o Mercosul) ainda não está avançando de forma satisfatória. Em resumo, temos que crescer muito em termos de infraestrutura.
- Quais processos poderão ser implementados para acelerar a integração física, econômica, social, ambiental, educacional e cultural da América do Sul?
Temos que dar mais poder a UNASUL, substituindo aspectos fúteis de vaidades individuais em nome do coletivo.
- Na sua avaliação, a integração física e a integração das políticas públicas estão avançando de forma harmônica no continente sul-americano nos últimos anos?
Não, pois criam-se estruturas, sejam organizações ou estruturas jurídicas e depois os estados travam a implementação dos mesmos. Quando são institucionais e internacionais não dão poderes a eles e quando são estruturas jurídicas não se cumprem. A Hidrovia Paraguai – Paraná é um exemplo disto. |